Local:
Data início:
Data fim:
Horário:
Organização:
Grupo de Investigação Associado
Tipo de Evento:
6ª SESSÃO OIC 2024/25 "Entre a memória e a crença: a preservação dos arquivos religiosos"
Proponente da sessão:
Joana Lencart (FLUP) Grupo de Investigação CITCEM: Sociabilidades e Práticas Religiosas
Título/Tema geral da sessão:
“Entre a memória e a crença: a preservação dos arquivos religiosos”
Resumo da Sessão:
Desafios de gestão do Arquivo da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco do Porto | Alexandra Vidal & Joana Lencart
Desde março de 2023, o Arquivo da Ordem Terceira de S. Francisco do Porto tem uma arquivista em permanência. Deste então, a organização e a gestão do arquivo tem tido uma importante dinamização promovendo a sua divulgação através de várias iniciativas. O acervo engloba documentação relativa à gestão da instituição, à administração do património – igrejas, cemitério, lares, hospital, antigo asilo e confrarias – e importantes legados de benfeitores, com importante documentação para a história económica, comercial e social do Porto, desde a fundação da Ordem Terceira, em 1633. Pretendemos, assim, que a breve prazo, o importante espólio documental esteja disponível para consulta, tanto online – através da plataforma ATOMI como localmente, para a visualização dos documentos.
Arquivos religiosos de Albufeira: Desafios na salvaguarda da memória | Sónia Negrão & Bruno de Carvalho
Em 2013, o Arquivo Histórico de Albufeira iniciou o projeto InventArt com o objetivo de promover a salvaguarda da documentação, produzida por entidades particulares, do concelho de Albufeira. A intenção foi proporcionar apoio técnico às instituições que não o tinham, como foi o caso das Paróquias e da Santa Casa da Misericórdia. Mesmo com uma adesão lenta e reduzida o projeto conseguiu estabelecer protocolos de cooperação que garantem a preservação da documentação e o
enriquecimento da história do concelho.
Entre a Fé e a Razão: os arquivos de instituições religiosas como repositório de uma experiência de humanidade | André Melícias
Não obstante o sentimento que individualmente cada indivíduo possa nutrir para com as ideias de ‘sagrado’, ‘sobrenaturalidade’ e ‘transcendência’, o elemento religioso é, ao longo da história, um dos eixos estruturantes da experiência de Humanidade. As instituições religiosas, nas suas diversas formas, são agentes ativos desta experiência, que os seus arquivos refletem nas suas múltiplas dimensões. A cuidada gestão destes arquivos implica a valorização da multiplicidade de testemunhos que deles podem colher a comunidade que os gera e a sociedade que os contextualiza.
Arquivos, bibliotecas e museus em relação: perspetiva sistémica e visão holística da informação em instituições religiosas | Ana Margarida Dias da Silva
A perspetiva sistémica e a visão holística da informação social e humana permitem retraçar, analisar e compreender os processos informacionais, o que possibilita um entendimento integrado do contexto de produção de conhecimento das instituições. A visão sistémica e holística de conjuntos (por área de saber) e totalidades (na inter-relação das partes com o todo) aplicada ao processo e fenómeno informacionais implica o estudo da relação entre as partes (estruturas ordenadas) e o todo, e entre as partes entre si (suas funções), e entre si e o meio ambiente. A partir do exemplo da Venerável Ordem Terceira da Penitência de S. Francisco da cidade de Coimbra, instituição aqui considerada como um sistema de informação complexo, esta comunicação procura ressaltar a importância da identificação e contextualização da informação social e humana para uma compreensão integrada (quando não integral) dos processos de produção de conhecimento, plasmado no seu arquivo, na sua biblioteca e no seu museu.
Preservar, analisar e divulgar: o arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto | Patrícia Costa
A presente comunicação centrar-se-á no projeto “Arquivo da Irmandade dos Clérigos do Porto” (Irmandade dos Clérigos/CEHR – Porto, UCP), do qual fiz parte da equipa. Os resultados do projeto concretizaram objetivos de preservação, estudo, divulgação e disponibilização a um público alargado do Arquivo da Irmandade dos Clérigos e, consequentemente, da História da instituição. Este trabalho integrou-se num quadro de tendencial desenvolvimento e preocupação no acesso à informação de arquivos históricos, nomeadamente através da utilização das tecnologias digitais. Paralelamente, teve em consideração a própria evolução da Ciência da Informação, com o surgimento do “paradigma funcional” no âmbito da arquivística, pelo qual a descrição de um arquivo assenta na compreensão da sua natureza orgânica e da sua natureza funcional. Este “desenho” de uma estrutura orgânico-funcional permite perceber a História da Instituição (e de outras instituições com que ela se relaciona), preservando-se a sua Memória. Assim, Memória e Património deixam de estar apenas confinados às paredes de um edifício, passando também a um espaço virtual, de acesso livre.
Moderadores da sessão:
Nuno Estêvão Ferreira, CEHR/UCP
Armando Malheiro da Silva, CITCEM/FLUP