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Data início:
Data fim:
Horário:
Organização:
Grupo de Investigação Associado
Tipo de Evento:
XX Semana de História da Arte
XX Semana de História da Arte «à volta da arte: uma mão cheia de conversas»
12, 19 e 26 de maio | 13h30 | via Zoom
A SHA apresenta, nesta 20ª edição, um tema e um formato que resultaram tanto da adaptação ao espaço digital, com intervenções a partir do lugar em que se coloca ou se encontra cada um dos participantes, como à impossibilidade da realização de eventos em partilha de espaços da FLUP, da UP e, etc.
O tema, “à volta da arte”, rompe, mesmo que involuntariamente, com propostas temáticas que foram tratadas, com bom sucesso, nas edições anteriores – e já são muitas! Porque é que houve esta alteração?
— a ideia foi a de juntar um grupo de pessoas, diferentes entre si pela idade, pela formação académica e pela profissão assim como pelas vivências e experiências da “coisa artística”, para partilharem entre si e com os “nossos” estudantes, as respetivas visões e práticas da arte;
— pensar e debater “o que é, como se usa e para que serve a arte”, nas diversas formas e práticas, desde o passado remoto aos tempos de hoje; estas questões serão aqui tratadas por artistas, por investigadores e por docentes em áreas científicas com metodologias distintas mas que comungam um mesmo objetivo: fazer que a arte que produzem, debatem estudam e divulgam seja partilhada não somente com grande entusiasmo mas também com o uso de vocabulário analítico e de rigor científico;
— as palestras/comunicações/realizações desta XX SHA não querem ser homogéneas; muito antes pelo contrário: são intencionalmente distintas. Há-as em molduras coloquiais, em processos experimentais, em forma de comunicação de resultados de investigações científicas recentes, em palestras e até em partilha de parte de um processo de realização curadorial e artística.
A XX Semana da História da Arte é a continuação lógica das 19 edições do passado. Está adaptada às circunstâncias do presente e é pensada para os nossos estudantes: é um fórum alargado de debate de assuntos que respeita o trabalho e o perfil de um “historiador de arte”. É sobretudo o lugar de reunião dos que amam as artes e as querem conhecer, compreender e “viver” melhor. É através da partilha generosa de conhecimentos, adquiridos e acumulados por anos de estudo e de realização. É sempre uma experiência nova e uma festa: juntemo-nos, pois “à volta da arte” e festejemo-la!
O texto de apresentação da XX SHA, redigido pelo Professor Celso dos Santos, pode ser lido na íntegra aqui.
As sessões decorrerão online via plataforma Zoom, e poderão ser acedidas através das seguintes hiperligações:
12.05.2021 https://videoconf-colibri.zoom.us/j/84973160251
Celso dos Santos
. Resumo: Os debates apaixonados sobre arte são antigos. São públicos e têm dividido os intervenientes e os “connoiseurs” grupos antagónicos e barulhentos, que, a partir da esfera dos especialistas se espalha a toda a sociedade de cada tempo histórico; as disputas entre os coloristas e os defensores do desenho, entre os Antigos e os Modernos ficaram na história, tal como muitas outras, que à medida que se difundem na sociedade, perdem parte do sentido inicial enquanto ganham contornos políticos e ideológicos – na Itália dos anos 80 do séc. passado, a divisão entre os pró-Bernini e os pró Borromini, em direita e esquerda, era estranha e incompreensível para um não italiano! O que é feito destas discussões animadas nos nossos dias? A polémica à volta da “linha do mar” de Cabrita Reis e/ou a da demissão de João Ribas da direção artística do Museu de Arte Contemporânea de Serralves tiveram a mesma capacidade de nos agregar em campos opostos? é disto e outras coisas que tentaremos tratar na apresentação de 12.5.2021
– Celso dos Santos é historiador da arte e docente do DCTP desde 1982 e tem trabalhado regularmente na Semana de História da Arte da FLUP.
Joana Ramos
. Resumo: A apresentação debruça-se sobre a Economia da Cultura, em particular, a Economia da Arte, refletindo-se sobre o seu foco de estudo, os seus sujeitos e agentes, e a sua interação e dinâmicas com o universo artístico.
Joana Ramos é licenciada e mestre em Engenharia pela Faculdade de Engenharia da Universidade Porto. Licenciada em História de Arte e mestre em Museologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Apresenta investigação, no contexto académico e em protocolo com entidades privadas e públicas, em áreas transversais às ciências exatas, patrimoniais e artísticas. Como historiadora e museóloga, trabalha no estudo e gestão de coleções de arte. No âmbito do doutoramento, dedica-se à investigação de áreas adjacentes ao mercado de arte. Joana Ramos é Historiadora de Arte e trabalha na Câmara Municipal do Porto.
Rui Morais
. Tema/resumo: “Os caminhos e descaminhos da coleção Bermúdez/Daupias”.
Rui Manuel Lopes de Sousa Morais nasceu no Porto em 1969 e é licenciado em História, variante de Arqueologia pela Universidade de Coimbra. Mestre em Arqueologia Urbana, doutorado em Arqueologia e com Agregação em Arqueologia, na área do conhecimento de Materiais e Tecnologias pela Universidade do Minho. Foi professor na Universidade do Minho e é atualmente Professor Auxiliar com Agregação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Entre os seus trabalhos de investigação, tem dedicado uma atenção especial ao estudo do comércio na Antiguidade, com inúmeros trabalhos publicados, a título individual ou com outros autores nacionais e estrangeiros. É investigador do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da Universidade de Coimbra (CECH). Consultor da Fundação Calouste Gulbenkian para as antiguidades e membro do Comité Científico do Projeto IBERIA GRAEGA.
19.05.2021 https://videoconf-colibri.zoom.us/j/81298544204
Catálogo Raisonné Graça Morais: contributos para a documentação e investigação da produção artística da pintora Graça Morais
Joana Baião
Instituto de História da Arte, FCSH, Universidade NOVA de Lisboa; Laboratório de Artes na Montanha – Graça Morais, Bragança. joanabaiao@fcsh.unl.pt
Sofia Carvalho
Faculdade de Letras, Universidade do Porto. sofia.carvalho.ac@gmail.com
Resumo
Graça Morais (n. 1948) partiu de uma pequena aldeia transmontana, o Vieiro, para o mundo; o local e o global constituem os universos referenciais do seu trabalho, em relações dinâmicas que envolvem e questionam o observador. Partindo da sua figura tutelar, foi criado em 2018 o Laboratório de Artes na Montanha – Graça Morais (LAM-GM), sediado no Instituto Politécnico de Bragança e resultante de uma parceria estratégica entre várias instituições e a própria artista, que disponibiliza o acesso à sua obra e à documentação correlativa para estudo, catalogação e divulgação.
O LAM-GM foi concebido como um projeto de investigação e prática que cruza de um modo integrador as artes, as ciências e o ensino, nas suas múltiplas valências, privilegiando igualmente o estabelecimento de relações multidirecionais com a sociedade. No campo da investigação, uma das tarefas prioritárias estabelecidas foi a inventariação sistemática de estudos, desenhos, pinturas e outros trabalhos da pintora Graça Morais, e recolha documental, com vista à elaboração do seu Catálogo Raisonné e criação de um Centro de Documentação, ambos com uma existência eminentemente digital. No âmbito destes trabalhos, em curso desde 2019, e visando expandir as linhas de pesquisa que naturalmente vão surgindo num projeto desta natureza, resultou a conceção do seed project «Intervenções de Arte Pública: Da Catalogação ao Museu Virtual – Case-study Graça Morais» que, a partir do corpus de obra pública da pintora, propõe explorar os desafios conceptuais e práticos contemporâneos relacionados com a catalogação e documentação de arte pública ou intervenções artísticas em espaços arquitetónicos, e a sua comunicação ao público através de ferramentas digitais.
Neste seminário, falaremos destes trabalhos de investigação em curso no LAM-GM, dando enfoque aos desafios relacionados com a investigação nos domínios disciplinares da História da Arte e das Humanidades Digitais, num contexto específico de trabalho marcado pelo acompanhamento da própria artista.
Joana Baião
Investigadora do CIMO – Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança, no âmbito do Laboratório de Artes da Montanha – Graça Morais, e membro integrado do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (IHA, NOVA FCSH). É Professora Auxiliar Convidada na FCSH/NOVA desde 2018. Foi Investigadora responsável do seed project “Intervenções de arte pública: da catalogação ao museu virtual – case-study Graça Morais” (IHA, NOVA FCSH, outubro 2020 – março 2021). Doutora em História da Arte – especialização em Museologia e Património Artístico (2014), Mestre em Museologia (2009), e licenciada em Artes Plásticas – Escultura (2005). Foi bolseira de Doutoramento (2010-2014) e de Pós-Doutoramento (2016-2019), financiada pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Colabora regularmente com diversas instituições em projetos dedicados à história da arte em Portugal.
Sofia Carvalho
Licenciada em História da Arte pela Universidade NOVA de Lisboa (2014) e Mestre em Ciências da Documentação e Informação pela Universidade de Lisboa (2018). Frequenta atualmente o Mestrado em Museologia da Universidade do Porto. Foi bolseira de investigação no projeto “Intervenções de arte pública: da catalogação ao museu virtual – study-case Graça Morais” (IHA, NOVA FCSH, outubro 2020 – março 2021). Colaborou como investigadora voluntária nos projetos «Projeto Lx Conventos – Da cidade sacra à cidade laica. A extinção das ordens religiosas e as dinâmicas de transformação urbana na Lisboa do século XIX» (2015-2016) e «Exposições de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian – Catálogo Digital» (2016). Colaborou com o Centro de Documentação do MUDE – Museu do Design e da Moda (2016), com o MUHNAC – Museu Nacional de História Natural e da Ciência (2016-2017) e, mais recentemente, trabalhou como arquivista no Arquivo Histórico e Biblioteca do Museu das Comunicações (2018-2020).
“Por fora e por dentro”
Cláudia Amandi & Paulo Freire de Almeida
Resumo
Esta apresentação procura observar o trabalho artístico de Cláudia Amandi segundo dois pontos de vista.
Por fora e segundo o olhar de Paulo Freire de Almeida;
E por dentro, pela autora e orientando o olhar para uma característica do seu processo.
Cláudia Amandi
Professora Auxiliar
Departamento de Desenho
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
Membro Integrado I2ADS
https://claudiaamandi.weebly.com/
Paulo de Oliveira Freire de Almeida
É Professor Auxiliar na Universidade do Minho. Publicou 4 artigos em revistas especializadas e 3 trabalhos em actas de eventos. Possui 5 itens de produção técnica. Participou em 6 eventos em Portugal. Nas suas actividades profissionais interagiu com 8 colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos.
“Conversando sobre a Arte da Pré-história
Seguindo o mote “como se usa e para que serve a arte”, procuraremos enquadrar a ideia de arte na pré-história (os seus contextos, suportes e perspectivas de integração na vida comunitária) e a sua dimensão enquanto objeto de estudo na arqueologia. Através de alguns casos de estudo relativos a formas de arte rupestre com diferentes cronologias e diferentes características formais tentaremos mostrar de que forma o arqueólogo aborda estas materialidades e de que forma as integra na construção da narrativa histórica sobre as sociedades do passado. Por fim faremos uma pequena abordagem à dimensão e problemática da arte rupestre enquanto património na sociedade contemporânea.”
Maria de Jesus Sanches is an Associate Professor of Porto University, Portugal, with 38 years of experience in teaching and researching Prehistoric rock Art and Archaeology. PhD in Archaeology and Prehistory (1995) and Aggregation in Prehistoric (2006).She directed several archaeological research projects—megalithic constructions, settlements, rock art— in close relation with the respective paleo-ecosystems, particularly in the North of Portugal. She has authored more than a hundred papers and five books in Prehistory. http://orcid.org/0000-0002-2643-2325
Joana Castro Teixeira is an archaeologist since 2007 and is currently doing her PhD at Porto University. She has been doing her work and research in Prehistory and Rock Art, particularly in the North of Portugal and has been publishing some papers and book chapters in those domains. Between 2012 and 2017 Joana directed and published the prehistoric component of the Historic and Ethnological Study of Tua Valley in the North of Portugal. https://orcid.org/0000-0002-9560-0679
26.05.2021 https://videoconf-colibri.zoom.us/j/82388970223
Rui Centeno
A pretexto do excecional achado em Bragança, em 1840, de uma peça de ourivesaria grega decorada com a efígie da ninfa Aretusa, obra assinada pelo artista Euainetos, natural da Sicília, procura-se evidenciar como uma obra-prima da iconografia monetária do Mundo Clássico “impôs” temas e influenciou a forma da sua representação um pouco por todo o Mediterrâneo.
Jorge Marques
Isto é alguma coisa, mas o quê?
RESUMO — Uma reflexão em torno da a ideia de limite na expressão e
linguagem gráfica do desenho e de processos convencionalmente associados
á pintura, á fotografia, ou á instalação mas também á escultura, á
performance ou ao objecto. Trata-se em certo sentido, e a partir de
alguns exemplos, por em causa qual ou quais as condições que contribuem
para aquilo que convencionalmente é ou está associado a uma determinada
prática artística.
Jorge Marques é Professor Auxiliar do departamento de desenho da Faculdade de Belas
Artes da Universidade do Porto, onde ensina desde 1998. Membro
colaborador do Instituto de Investigação em Arte Design e Sociedade.
Doutoramento em Arte e Design — área científica de Desenho — pela
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, com o trabalho de
investigação — “O processo como circunstância do desenho. Contribuições
para o estudo de modelos experimentais de processo” (2015).
ACTUAIS INTERESSES DE INVESTIGAÇÃO
Enquanto docente e investigador do departamento de Desenho da Fbaup,
tem-se interessado sobre a importância dos processos do desenho e como
estes se podem tornar um meio viável do pensamento e concepção do
desenho.
Como artista tem vindo a explorar a ideia de limite na expressão e
linguagem do desenho e de processos convencionalmente associados á
pintura, ao desenho e fotografia.
Daniel Moreira e Rita Castro Neves
danielmoreira.ritacastroneves@gmail.com
Duas ou três coisas
Este é um momento de partilha e reflexão sobre dois – ou três – dos nossos projetos artísticos. Frequentemente apoiadas em projetos de residência, e na prática de caminhar, as nossas exposições configuram-se em instalações em que o expositivo e o dispositivo se complexificam mutuamente. A fotografia, o vídeo e o desenho têm-se consolidado como as formas privilegiadas de trabalharmos reflexões e representações de lugares, a partir da observação da natura e numa perspetiva política crítica sobre o território.
www.danielmoreira.net | www.ritacastroneves.com | www.escolademacieira.com