EVENTOS
Eventos: Colóquio Ibérico «Vilafrancada e Abrilada: do Antigo Regime à contrarrevolução. Leituras arquivísticas e historiográficas»
2024_VILAFRANCADA_CITCEM+CMP_cartaz_v3 copiar

Local:

Casa do Infante

Data início:

22/02/2024

Data fim:

23/02/2024

Horário:

Organização:

CITCEM | Câmara Municipal do Porto

Grupo de Investigação Associado

Informação, Comunicação e Cultura Digital
Sociabilidades e Práticas Religiosas
Territórios, Paisagens e Ambiente

Tipo de Evento:

Colóquio

Colóquio Ibérico «Vilafrancada e Abrilada: do Antigo Regime à contrarrevolução. Leituras arquivísticas e historiográficas»

O presente colóquio nasce da consciência de que há necessidade de  revisitar e debater, com plena liberdade científica, o que foram os fenómenos políticos, ideológicos, militares e conceptuais da Vilafrancada e da Abrilada, na realidade factual e interpretações historiográficas. Volvidos duzentos anos sobre tão marcantes acontecimentos, impõe-se reconhecer que o respetivo estado da arte historiográfica e arquivística está por completar, nomeadamente face ao que foi publicado nas últimas décadas e à documentação conhecida e por inventariar.

Os anos de 1823 a 1824 constituem, em Portugal, a encruzilhada imperfeita entre um Antigo Regime de longa duração e uma contrarrevolução emergente e conjuntural, esboçando os primeiros movimentos de insurreição, face ao Vintismo nascido a 24 de Agosto de 1820. Nesse sentido, a Vilafrancada e a Abrilada são dois momentos históricos específicos, que marcam quer o final do triénio vintista (a 27 de Maio de 1823), quer uma primeira tentativa, falhada, de consolidar o Antigo Regime (a 30 de Abril de 1824). Ao mesmo tempo, na sequência de ambos os ciclos político-institucionais, surgem interessantes e diversificadas promessas e projetos de textos de cariz constitucional, antecipando, de certo modo, tanto em 1823, quanto em 1824, a outorga da Carta Constitucional de 1826. Por fim, na Abrilada, como é sabido, em nome da segurança do rei e das instituições vigentes, rompe-se o moderantismo político de justo meio e esboça-se um ensaio do que na regência e reinado de D. Miguel será o sistema repressivo antiliberal vigente.

O microcosmos nacional replica a luta entre o jacobinismo republicano de importação francesa, o gradualismo moderado de um centro político, tanto liberal, quanto realista, e o ultrarrealismo dito apostólico, sobretudo franco-espanhol.

Tendo em conta estas temáticas, o diálogo entre a historiografia e a arquivística não pode deixar de ser fomentado e aprofundado: é nesse cíclico vai e vem que a ciência progride, que a inovação se alimenta e que ambas as áreas socioprofissionais mutuamente se enriquecem.

O estudo de acontecimentos políticos, militares e diplomáticos, a análise biográfica e prosopográfica, das instituições, do património arquivístico e do discurso historiográfico constituem alguns dos temas a analisar.

Programa

A inscrição é gratuita, mas obrigatória em: https://questionarios.cm-porto.pt/index.php/478354?lang=pt

Datas: 22 e 23 de Fevereiro de 2024, Casa do Infante (Divisão Municipal de Arquivo Histórico)

Organização: CITCEM-UP e Câmara Municipal do Porto

Facebook
Twitter
LinkedIn