NOTÍCIAS
Comércio vs Escravatura – As condições sócio-históricas e demográficas na criação dos crioulos
comescr

Promovido por

Património Material e Imaterial

Comércio vs Escravatura - As condições sócio-históricas e demográficas na criação dos crioulos

Dia 26 de abril, pelas 17h00, na FLUP (sala 201) e via Zoom (https://shorturl.at/cvBY4) poderá assistir à sessão  “Comércio vs Escravatura – As condições sócio-históricas e demográficas na criação dos crioulos“, com Carlos Silva (CLUP | FLUP) e modereção de Sóstenes Rego (CEAUP | FLUP)

Durante a conferência, debater-se-á a compreensão dos mecanismos intervenientes na estabilidade fonológica como sendo crucial para a determinação das origens dos crioulos e dos fenómenos de contacto do qual eles emergem. Como em outras línguas naturais, a mudança nos crioulos é condicionada não só pelo contexto fonético (Gurevich, 2004), mas também por fatores sócio-históricos (Faraclas et al., 2007) e demográficos. Contudo, é preciso estabelecer especificamente que fatores são relevantes e peso eles têm na transferência de propriedades fonológicas da língua lexicalizadora para os crioulos.

Nesta apresentação, com base em 667 palavras de 16 crioulos de base portuguesa, analisaremos a correlação entre os valores de estabilidade fonológica das mesmas e três fatores sócio históricos: (i) a duração da influência portuguesa, (ii) as condições de contacto dos portugueses com as comunidades locais e (iii) o número de comunidades linguísticas em contacto.
Tanto os dados recolhidos, como os resultados gerados são um exemplo de como as humanidades digitais podem contribuir ativamente para a ciência e conservação linguística.

Esta conferência faz parte das sessões#CODA – Hacktivar as Humanidades. A ideia de hackear, que a cultura popular associou à invasão ou destruição de sistemas, surgiu como uma forma não standard de ultrapassar obstáculos e limitações dos sistemas informáticos. Tendo como referência o seu carácter original, este conceito pode ser uma poderosa ferramenta para ativar e revitalizar as humanidades. Partindo desta premissa, o ciclo “Hacktivar as Humanidades”, uma iniciativa CODA – Centre for Digital Culture and Innovation, pretende reunir investigadores nacionais e internacionais cuja investigação possa demonstrar como abordagens criativas e, por vezes, disruptivas, são usadas para transformar a forma como pensamos e interagimos com a cultura, as artes e as ciências humanas. Nesse questionamento, os participantes serão ainda desafiados a repensar as suas próprias práticas e, portanto, a buscar novas formas de (re)hacktivação dos seus próprios percursos.

Organização:
CODA e CEAUP, com o apoio do ISUP, CLUP, CEGOT, CITCEM.

 

Facebook
Twitter
LinkedIn